“Acreditando não estarem reunidas as condições para prosseguir com o trabalho que tem vindo a desenvolver, a BestFly World Wide, acionista maioritária da TICV, tomou a difícil decisão de deixar de operar definitivamente em Cabo Verde e suspender a operação da companhia TICV no país, tendo esse pedido de suspensão já sido apresentado junto da AAC".
Foi através de um comunicado tornado publico esta terça-feira que a BestFly anunciou a retirada difinitava de Cabo Verde, apontando o dedo à Agência de Aviação Civil (AAC) por ter revogado a aprovação que tinha concedido para o contrato de wet lease de uma aeronave que já se encontrava em Cabo Verde.
A revogação desse wet lease por parte da AAC terá sido a gota de agua que fez transbordar o copo das tumultuosas relações entre a TICV e a Agência reguladora.
“A TICV agiu e procedeu em absoluta conformidade com a regulamentação da aviação civil cabo- verdiana. Do lado da AAC, o pedido de aprovação de um contrato para a entrada temporária de uma aeronave em operação, com vista a regularizar a ligação interilhas, foi recebido no que consideramos ser um clima de desconfiança, lentidão e hostilidade, ainda que o procedimento, por parte da TICV, tenha sido levado a cabo com toda a regularidade”, refere Nuno Pereira, CEO da BestFly World Wide, accionista maioritário da TICV.
"AMBIENTE TÓXICO E PUNITIVO"
Nuno Pereira garantiu a emppresa tem cumprido o compromisso assumido para com Cabo Verde e para com os cabo- verdianos mas que “ambiente tóxico e punitivo” conciona o seu trabalho :
“Temos operado num ambiente de negócios tóxico e punitivo, que condiciona severamente a nossa capacidade de ação, apesar do investimento contínuo que temos feito na conectividade doméstica", aponta Nuno Pereira acrescentando que o "contexto, longe de ser o ideal, tem sido marcado por situações de franca anormalidade, que impedem uma resposta rápida aos desafios com que qualquer operação aérea se depara e que em nada contribuem para o desenvolvimento económico de Cabo Verde." , E concluiu :
“Sugiro que as autoridades cabo-verdianas façam a devida análise de quantas companhias já operaram em Cabo Verde nos últimos 10 anos. Acredito que o resultado dessa análise deve justificar uma profunda reflexão sobre o ambiente de negócios vivido no país”.
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