"Podemos estar a falar de um grande sobrado, de uma grande residência, provavelmente dos finais do século XVI e inícios do século XVII", afirmou Ana Samira Baessa, presidente do Instituto do Património Cultural (IPC).
Essa mansão, que ainda não foi totalmente desenterrada, foi encontrada por historiadores e arqueólogos que há três semanas vem fazendo escavações na Rua da Banana, a primeira construída por portugueses em África.
A presidente do IPC disse que, do ponto de vista patrimonial, esse achado é "muito importante", porque vem "enriquecer" o discurso à volta da primeira artéria numa urbanização portuguesa nos trópicos, que era um "espaço privilegiado da elite" da então capital do país.
Samira Baessa adiantou que os investigadores já escavaram parte substancial da "enorme mansão" e recolheram objetos que estariam ligados ao uso e ocupação da casa no bairro de São Pedro, onde está a Rua Banana.
As escavações são financiadas pelo Projeto CERIBAM e pela Fundação Palarq, numa parceria entre o IPC, o Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa e a Universidad del País Basco, em Espanha.
A Cidade Velha foi elevada à categoria de Património Mundial da Humanidade pela UNESCO a 26 de junho de 2009, quase há 15 anos.
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