Cledir Barros, cabo-verdiano de 38 anos, foi condenado a 10 anos de cadeia (8 em regime fechado e 2 em regime aberto) por envolvimento na morte da sua filha Sayra Tavares Barros, de 8 anos, espancada mortalmente pela madrasta Natiela Barros no passado mês de janeiro.
De acordo com os autos da acusação, Cledir sabia que a esposa abusava da filha e mesmo assim a deixou sozinha com ela.
“Essa linda menina precisava da proteção do pai. Ele falhou na sua missão“ - disse o procurador nas alegações finais, depois de ter apresentado provas indicando que, desde 2022, Cledir Barros sabia que a esposa andava abusando da enteada.
Uma professora de Sayra, chamada a testemunhar, disse que a menina chegava a escola com marcas visíveis de espancamento.
A escola avisou as autoridades mas confrontado com o caso, Cleidior tirou a filha da escola, deixando a sua educação aos cuidados da esposa Natiela Barros.
E foi justamente porque Sayra não terá completado sua lição que Natiela Barros a terá espancado repetidamente com um rolo de madeira no dia 30 de janeiro, resultando na sua morte.
Durante o julgamento Cledir sempre defendeu que era inocente. Disse que não sabia que a esposa abusava da filha e que a tirou da escola porque ela vinha tendo problemas ali, e não em casa.
O CASO
No dia 30 de janeiro, por volta das 2:15 da tarde, a polícia respondeu a uma chamada de emergência numa residência em Vine Springs, no estado da Geórgia.
De acordo com um comunicado da polícia Natiela Barros estava sozinha com a enteada quando ela perdeu os sentidos, depois de a espancar “mais de 20 vezes’ com um rolo de madeira e de lhe recusar assistência médica. Natiela chamou o marido, que, chegando em caso, tentou reanimar a filha antes de ligar para a linha de emergência.
Sayra foi declarada morta no local.
Alguns dias depois da tragédia tanto a madrasta como o pai foram detidos pela polícia.
Cleidir foi acusado de crueldade infantil enquanto a esposa Natiela Barros foi acusada de homicidio, agressão agravada e crueldade infantil.
Ainda não há data para o julgamento de Natiela Barros.
PERDOADA
Apesar da brutalidade do caso, Cleidir Barros explicou no Tribunal porque disse ma altura à polícia que perdoava a esposa :
“Na altura do incidente a perdoei porque o a faznão porque estava de acordo com o que ela fez, que e terrível, mas porque o espírito de Deus me levou a perdoá-la.”
Sayra , que nasceu em Cabo Verde, vivia com o pai, a madrasta e mais três irmãos nessa casa na Geórgia. A mãe de Sayra reside na cidade da Praia.
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