Nuno Mendes e Nelson Semedo, laterais da seleção de Portugal, são os únicos jogadores com “sangi kriolu” a estar no 17ª edição do Europeu de Futebol que começou sexta-feira na Alemanha.
Para Nuno Mendes, jogador do PSG , esta é sua segunda presença na fase final de um Europeu de Futebol, embora, por condicionalismos físicos, não tenha alinhado na equipa de Fernando Santos que foi eliminado nos oitavos de final do Euro 2020.
Recentemente regressado de longa lesão no PSG, Nuno Mendes cumpriu todo o estágio de preparação com a seleção de Portugal e foi titular na vitória 5-2 ante a Suécia, tendo jogado 45 minutos. Dividirá com João Cancelo a titularidade no lado esquerdo do setor defensivo da seleção de Portugal.
E quando envergar a camisola 19 da seleção de Portugal no Euro 2024, Nuno Mendes estará também a honrar o nome de Cabo Verde, terra dos seus pais, que tiveram emigrar nos anos 80 em busca de uma vida melhor.
Nuno nasceu em Sintra, em 2002, mas cresceu mergulhado na “tradison di tera “, sempre fiel à sua origem e aos princípios familiares.
NELSON SEMEDO TAMBÉM DE REGRESSO
Também nascido em Sintra e também sempre fiel à sua origem cabo-verdiana está Nelson Semedo , uma das opções de Roberto Martinez para a ala direita da defesa portuguesa,
Depois de ser eleito pelos colegas do Wolves como o melhor da equipa, Nelson Semedo, aos 30 anos, foi chamado para integrar a seleção de Portugal nesta que será também sua segunda presença seguida no Europeu.
Ausente do Mundial 2022, o numero 2 da seleção das quinas foi também chamado à titularidade no jogo de preparação ante à Suécia, tendo deixado a sua marca com uma excelente atuação e duas assistências.
No lado direito do setor defensivo de Portugal Nelsinho disputará a titularidade com Diogo Dalot, jogador do Manchester United .
FORTE PRESENÇA AFRICANA
Daria para formar uma equipa ideal que certamente seria candidata ao título de campeão da Europa.
Dos 622 jogadores das 24 seleções que disputam o Euro , 57 são africanos ou de origem africana.
Se uns nasceram em África, outros nasceram na Europa, filhos de pais africanos.
A maioria desses jogadores - nem todos - reivindicam com orgulho sua sua origem africana embora o destino, ou escolha de uma melhor carreira, os tenham levados a representar uma seleção europeia.
A França, sem surpresa, é a nação que tem maior contingente de “africanos” - 15 no total - com Kylian Mbappé a encabeçar a lista.
Os países africanos que mais “fornecem” jogadores a este Europeu são a Nigéria, o Gana e RD Congo.
Bukayo Saka e Manuel Akanji preferiram, respetivamente, representar a Alemanha e a Suíça em vez dos Súper Águias da Nigéria e Rumelu Lukaku se tornou um dos melhores goleadores da Bélgica para o desespero dos adeptos dos Leopardos da RDC.
Idem para os ganianos com Memphis Depay.
Portugal, para além de Nuno Mendes e Nelson Semedo (Cabo Verde) levou para Alemanha Raphael Leão (Angola) e Danilo Pereira (Guiné-Bissau).
Mas mesmo não jogando pelas seleções africanos, esses jogadores não deixam de encher de orgulho o continente negro. Bioa sorte a todos eles.
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