Eugénio Costa Santos, 64 anos, conhecido por Nach no mundo da música, morreu este sábado no hospital de Mindelo vítima de pneumonia e de outros problemas de saude. Figura conhecida nas noites de Mindelo, Natch deixa um álbum, gravado em 2022, e a promessa de uma carreira que podia ser muito diferente.
Natch nasceu em São Tomé Príncipe mas aos 6 anos regressou com a família a Mindelo onde estudou e começou a dar os primeiros passos no mundo da música. Dono de uma voz potente - rouca e bela - muito cedo sobressaiu cantando morna e coladeira.
Nos anos 80 Natch trabalhou com o conjunto Kings antes de imigrar para os Estados Unidos. De regresso a Mindelo, mergulhado em problemas pessoais, a sua carreira musical, ainda então promissora, perdeu-se no vício da bebida.
É certo que continuava a cantar, mas só em Mindelo, e fora da ilha do Porto Grande ele era um ilustre desconhecido, até que, há meia dúzia de anos, Rachel Sylva, um cabo-verdiano residente em França, reparou na sua voz vibrante e decidiu ajudar Nach a refazer sua vida e a relançar sua carreira.
Depois de ter participado numa edição do Atlantic Music Expo, na cidade da Praia, as coisas comecaram a mudar para o talentoso cantor e sob a batuta de Manel de Candinho Natch gravou o seu primeiro e unico CD intitulado “Benção” .
Propulsionado pelo sucesso do álbum , Nach foi chamada a participar em varios festivais e cantou em Évora, Paris, Lausana, Luxemburgo ... De regresso a Cabo Verde Natch se desentendeu com Rachel Sylva e voltou a cair no vício da bebida.
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