António Paulo Garcia disse que estava sob efeito de álcool e droga quando, no manhã do dia 29 de maio de 2022, regou com gasolina e ateou fogo ao seu empregador Juan Betancor, um conhecido advogado de Las Palmas que acabou por morrer no dia seguinte num hospital de Madrid .O julgamento desse caso que, pela sua frieza e crueldade, chocou a comunidade local, o julgamento começou esta terça-feira e a Procuradoria Provincial de Las Palmas pediu 30 anos e meio de cadeia para este cabo-verdiano de 74 anos que ainda é acusado de ter ameaçado e sequestrado a esposa da vítima para que essa não pedisse auxilio. O término do julgamento está previsto para 11 de julho.
O Ministério Publico em Las Palmas acusa António Paulo Garcia de homicídio, assassinato e sequestro por um crime que aconteceu no dia 29 de maio de 2022 na quinta do advogado Juan Betancor, em Santa Brígida, a nordeste da ilha de Grã Canária.
O acusado, que trabalhava pelo advogado nessa quinta há 16 anos, admitiu que regou com gasolina e usou um isqueiro para atear fogo ao seu empregador mas diz que não sabia o que estava a fazer porque estava sob efeito de álcool e droga.
A acusação, por seu lado, considera que o réu agiu movido por “um sentimento de ódio e ressentimento acumulado durante anos” e que o fez com a clara intenção de matar de forma cruel.
Envolvido por chamas, a vítima, entre gritos de dor, ainda chamou pela esposa que estava no interior da vivenda e entrou numa cisterna que estava ali perto com a intenção de apagar as chamas com água. Nesse ponto, disse António, ele cobriu a cisterna com a porta de um carro e um forno velho, assegurando-se que o advogado dali não sairia.
Os gritos de dor do advogado foram entretanto ouvidos pela sua esposa que saiu da casa para prestar socorro ao marido mas ao sair do interior da casa deparou-se de frente com António que, com uma faca, a obrigou a lhe entregar o telefone e a fechou num quarto da casa.
António disse que de seguida saiu da quinta, fechando à chave o portão.
A esposa da vítima, entretanto, conseguiu sair por uma janela e foi pedir ajuda, enquanto António foi detido pouco depois nas redondezas quinta.
Juan Betancor, 72 anos, foi encontrado com vida mas morreu um dia depois no Hospital de La Paz, em Madrid, com 80% de queimadura no corpo.
António é descrito pelas pessoas que o conheciam em Santa Brígida como homem trabalhador, respeitador e muito prestativo. De acordo com fontes policiais tendo frequentes discussões com o seu empregador na altura do crime.
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