Heidilene Lopes, atleta de baixa visão, e Marilson Semedo, amputado de um membro inferior, são os dois representantes de Cabo Verde na 27ª edição dos Jogos Paralímpicos, de 28 de setembro a 08 de agosto em Paris. Os dois atletas chegarão à capital francesa na próxima sexta-feira mas para já cumprem um estágio na regiao francesa de Parthenay, que também foi casa dos atletas olímpicos cabo-verdianos.
Heidilene Lopes, que está em França acompanhada do seu guia Jailson Oliveira e da sua auxiliar Alexia Aguiar, vai competir nos 100 e 200 metros T2 (Baixa Visão) enquanto Marilson Semedo, acompanhado do seu treinador, vai participar na prova de lançamento de dardo ( F-57).
Heidilene e Marilson treinam desde 12 de agosto na região francesa de Ville de Parthenay-Gatine, devendo partir para Paris no próximo dia 23. Para a velocista cabo-verdiana será sua estreia nos Jogos Paralímpicos e para Marilson a sua segunda participação, depois de Tóquio 2021.
Em Parthenay o ambiente e de trabalho e confraternização, mas também de confiança em fazer um bom resultado nos Jogos Paralímpicos. A expectativa de Heidilene , 28 anos, é dar o seu máximo para “representar Cabo Verde da melhor forma” e, ao mesmo tempo, “melhorar a sua marca, e acima de tudo ganhar a experiência neste evento mundial”.
Marilson Semedo, que ficou decima em Tóquio, quer também melhorar sua marca e a presença de cabo-verdianos em Paris devera servir como um estímulo extra.
UMA PRIMEIRA MEDALHA?
É sempre uma esperança, mas para já o presidente do Comité Paralímpico de Cabo Verde, Rodrigo Bejarano, prefere colocar o foco na inclusão de pessoas deficientes através do desporto. Os Jogos Paralímpicos são na realidade mais do que apenas um evento desportivo – eles oferecem uma oportunidade única para chamar a atenção do mundo para o desporto e a deficiência, inspirar indivíduos, provocar mudanças sociais e promover oportunidades profissionais e desportivas mais inclusivas às pessoas com deficiência.
A delegação paralímpica que representa Cabo Verde nos Jogos Paralímpicos Paris 2024 é composta por oito pessoas, chefiada por Orlandinho Mascarenhas.
Integram ainda a delegação cabo-verdiana o “Paralímpico Attaché”, Amílcar Sousa, cabo-verdiano residente em França, a treinadora de Marilson Semedo, a cubana Mariela Aliaga Pita, o médico Ernesto Lopez Ramos, responsável do departamento clínico, o presidente de COPAC, Rodrigo Bejarano, a secretária-geral Jailma Oliveira e a auxiliar de Heidilene Oliveira, Alexia Aguiar.
Os Jogos Paralímpicos Paris 2024, que já vão na sua XVII edição, contam com o envolvimento de 185 Comités Paralímpicos Nacionais, 22 modalidades desportivas, totalizando 549 eventos num universo de 4.400 atletas, do qual se esperam mais de três milhões de espectadores nos 11 dias de competições em 18 locais.
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