Bassirou Diomaye Faye é casado há 15 anos com Marie Khone, com quem tem quatro filhos, e há cerca de um ano com Diomaye Faye
Na cerimónia de posse, no passado dia 02 de abril, o novo presidente do Senegal, de mãos dadas com a dupla, foi aplaudido de pé pelos seus apoiantes. O recém-empossado afirma-a orgulhoso da sua situação conjugal:
“Elas são muito lindas. Agradeço a Deus porque estão sempre ao meu lado”- disse o novo presidente.
A poligamia é uma prática tradicional entre os muçulmanos senegaleses, especialmente nas zonas rurais.
O Islão permite que os homens tenham até quatro mulheres, desde que tenham recursos para as sustentar e passem o mesmo tempo com cada uma. Estima-se que no Senegal mais de 32% das pessoas casadas são poligâmicas.
QUAL DELAS É A PRIMEIRA-DAMA?
É uma questão que os serviços de protocolo terão que resolver, tanto mais que é a primeira vez que Senegal tem um presidente polígamo.
E como na lei senegalesa, tal como na lei de Cabo Verde, não existe Estatuto de Primeira-Dama - apenas existe a figura de esposa / conjugue do presidente - será provavelmente na “tradição africana” que se procurará encontrar uma solução para o dilema.
Na verdade Bassirou Diomaye Faye não é o primeiro presidente de um país africano - e certamente não será o ultimo - a ter duas ou mais esposas oficiais.
Barrow na Gambia, Zuma na África do Sul e Oligui Nguema no Gabão são todos polígamos, assim como foi Mobutu na RDC e Edriss Déby (pai) no Chade.
Quando um desses presidentes é acompanhado por uma das esposas, ela é chamada “primeira-dama”. Se o o presidente se faz acompanhar de duas ou mais esposas, todas elas são tratadas como “primeiras-damas”.
Um relatório do Comité dos Direitos Humanos da ONU indicou que a poligamia contribui para a discriminação contra as mulheres.
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