“Hanami” - a primeira longa-metragem da jovem realizadora Denise Fernandes - consta por duas vezes na lista de premiados do Festival de Cinema de Locarno, primeiro com o Prémio de Melhor Diretor Revelação e, depois, nas Menções Especiais.
“ Hanani” , que nessa 77.ª edição do Festival de Cinema de Locarno competia na secção “Cineastas do Presente”, fala das etapas e dores do crescimento de uma menina, desde que está na barriga da mãe até à adolescência.
O filme, uma coprodução entre Cabo Verde, Suíça e Portugal, foi totalmente rodado na ilha do Fogo e para além das impressionantes paisagens da ilha do vulcão mergulha-nos num profunda história de emigração e saudade.
O filme centra-se sobre a historia de Nana, a protagonista, que cedo viu sua mãe sair da ilha em busca de uma vida melhor. Mesmo longe da mãe, Nana cresce rodeada de amor e energia feminina e na adolescência, com o reencontro com a mãe, debate-se com o dilema de partir ou ficar.
“Obrigado Cabo Verde, obrigado Djarfogu“
“Hanami” valeu a Denise Fernandes o Prémio de Melhor Realizador Emergente (Prémio Revelação) mas também uma Menção Especial do júri do festival que reconheceu a profunda sensibilidade dessa jovem realizadora de origem cabo-verdiana ao abordar um tema tão complexo como a dor da separação.
Ao receber o prémio, a realizadora agradeceu “Cabo Verde e Djarfogu” que lhe deu a chance de redescobrir sua origem e parte da sua identidade como pessoa mas também como cineasta.
Filha de pais cabo-verdianos, Denise nasceu em Lisboa mas cresceu na Suíça onde descobriu o gosto pelo cinema.
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