De acordo com nota da Empresa de Distribuição de Eletricidade (EDEC) o primeiro caso aconteceu na tarde de domingo, vitimando um homem numa residência com ligação clandestina no bairro de Bela Vista, sem contrato e sem contador de eletricidade. Algumas horas depois, uma mulher também morreu eletrocutada no bairro de Achada Santo António, numa tentativa de roubo de energia elétrica.
Num comunicado, a EDEC lamentou as mortes e apelou às pessoas a terem energia legalizada e a estarem atentas aos perigos da prática do furto de luz, sobretudo na época das chuvas, como acontece estes dias.
"São momentos de consternação com duas perdas, e que nos levam a apelar fortemente à população que não entrem pela via de furto e fraude de eletricidade, evitando principalmente incidentes que ceifam vidas humanas", lamentou a empresa, apelando igualmente à denúncia de qualquer prática de roubo de energia.
A ADEC é a nova empresa de Distribuição de Eletricidade de Cabo Verde, uma das três que resultou na extinção das filiais Norte e Sul da então Electra e da sua cisão.
As outras são a Empresa de Produção de Eletricidade de Cabo Verde (EPEC SA) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico de Cabo Verde (ONSEC SA).
Em janeiro, o presidente da então Electra, Luís Teixeira, que assumiu a ADEC, alertou que o furto e fraude de energia está a pôr em causa a sustentabilidade do setor.
As ligações clandestinas de eletricidade, feitas geralmente de forma defeituosa, têm causado várias mortes por eletrocussão ao longo dos anos em Cabo Verde, em alguns casos vitimando crianças.
Segundo a empresa, só em 2022, seis pessoas morreram por choque elétrico e foram registadas várias ocorrências com ferimentos graves.
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