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Foto do escritorondakriolu

Vistos recusados a crianças cabo-verdianas convidadas para torneio de futebol em Portugal

No início da semana, 11 crianças e 4 adultos cabo-verdianos viram o pedido de visto recusado para entrar em Portugal onde deviam participar num torneio infantil de futebol.

As crianças são da Escola de Futebol de Achada Grande Trás (EFAT) que foram oficialmente convidadas pela Câmara de Barcelos para participar na II edição do Torneio Internacional de Futebol Barcelos CUP 2024, no escalão sub-11, a realizar-se de 13 a 22 do corrente em Barcelos, Portugal. A Câmara portuguesa do distrito da Braga garantia alimentação, alojamento e transporte durante a competição.


O verbo garantir é aqui usado no passado porque, apesar do processo de pedido de vistos ter cumprido todos os requisitos, a embaixada portuguesa em Cabo Verde recusou os vistos.

O Centro Comum de Vistos (CCV) justifica recusa argumentando que “subsistem dúvidas razoáveis quanto à intenção do requerente de sair do território dos Estados-membros antes de caducar o visto” mas Edmilson Garcia, presidente da EFAT, garante que essa justificação não tem fundamento, para além de arbitrária e subjetiva.

“A EFAT é uma organização bastante credível junta da comunidade, da sociedade e de todas as instituições cabo-verdianas pela forma criteriosa, rigorosa e transparente como tem trabalhado ao longo destes 12 anos da sua fundação”, disse Edmilson Correia, garantindo que que a EFAT não tem histórico de comportamento desviantes nas suas deslocações internacionais, afirmando que na única saída com a equipa aconteceu em 2019 para Lyon (França), num escalão superior, e que ninguém ficou para trás.

 

 Com a viagem comprada para o próximo dia 13, resta à associação pedir a reapreciação do processo, mas recurso exige o pagamento de 80 euros por cada criança, quantia que a direção da escola de futebol não dispõe já que gastou cerca de 1.500 contos com a prepararão para a viagem.


 “O grupo já tem todas as despesas pagas, a destacar passagens aéreas e equipamentos de jogo e de passeio, na certeza de que nunca se iria recusar o visto tendo todo os processos em conformidade e por termos sido convidados por uma entidade como Câmara Municipal de Barcelos que por sua vez já também já tem todas as despesas assumidas como alojamento, alimentação e transporte”, explicou.


 

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